quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Até que ela partiu pra bem longe, distante o bastante pra suportar.Não conseguia mais olhar a janela e ver a mesma paisagem que a lembrava certo alguém e certo sorriso.Não conseguia olhar pro bichinho de pelúcia na cama, nem pra foto no computador.Não conseguia olhar nem mais o espelho e lembrar do sorriso que ali costumava ficar.Todo final é triste. È o fim de um sonho. Dói muito mais porque era um sonho tornado realidade. Um sonho com uma voz, um sorriso, um abraço. E ver tudo isso virando poeira dói. Perceber que no final você amou pelos dois. Será que um dia aquele ursinho de pelucia teve significado? Será que aquela carta foi verdadeira? E aquele beijo debaixo da chuva? E o encaixe das mãos? As coisas são verdadeiras se os sentimentos foram verdadeiros ou basta o contexto? Ninguém sabe. Na verdade ninguém quer pensar. As malas falam por si só e as lágrimas também. A janela agora mostra tudo e nada ao mesmo tempo. Um quadro de paisagens inconstantes, uma promessa de futuro desconhecido, enquanto o ônibus ia se afastando de tudo que a faz sofrer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário