terça-feira, 4 de dezembro de 2012

È, você passou... eu sempre tive a certeza que passaria. Sabia desde o início que eu não era o seu destino final. Eu Era só uma parte da sua estrada. Estrada essas que tinha curvas perigosas, uma dessas curvas me levou à você... E do mesmo modo levou você pra longe. Levou você a outro lugar, pode ser o seu destino final, pode ser outra parte da estrada. Mas minha parte extremamente limitada na sua vida acabou. E acabou de uma maneira perigosa. Perigosa, pelo menos pra mim que sempre acreditei que essa estrada não tivesse fim e se tivesse, passaríamos antes por um belo caminho juntos e hoje, pra mim o caminho termina num precipício. Eu olho ao redor, não tem nada em volta, olho para baixo e enxergo a cor dos teus olhos. E é pra essa direção que eu quero seguir, mas o medo de enfrentar novamente as curvas, consegue ser maior que a coragem de mergulhar no abismo e é exatamente esse medo de mergulhar que faz com que eu não me torne destino de ninguém. È exatamente esse medo que faz com que eu viva como uma observadora da minha própria vida. Encaro o abismo de novo e Deus sabe o quanto eu queria me perder, mergulhar sem saber se voltaria, mas ainda não consigo. Não desta vez, não hoje. Dou meia volta e viro. Volto pras minhas curvas, pros meus caminhos, pros meus desencontros... um dia eu aprendo e mudo de rumo.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Você se foi, mas continua fazendo parte de tudo que eu faço. Tudo me lembra você, tudo que acontece eu lembro de algum conselho seu. Você tanto me incentivou a fazer aquelas aulas chatas de direção e eu agradeci por isso quando tiver que guiar o carro de volta quando todos meus amigos tinham exagerado na bebida. Você me fez treinar defesa pessoal mesmo eu saindo toda dolorida e você foi a primeira pessoa que eu lembrei quando pude dar um bom soco num cara que não me tratou com respeito. Ou quando você mandou um zilhão de vezes eu trocar a bateria daquele relógio e eu perdi a hora no dia de uma apresentação super importante no trabalho, ou quando você falou que o encanamento da minha casa precisava de reparo e num dia eu cheguei em casa com minha cozinha toda alagada... Você sempre cuidou de mim, e o mais incrível é que você continua cuidando... mesmo que agora você cuide de outra pessoa que pode te dar tudo o que você procurava. Mas eu fico feliz, como se uma parte de você ficasse pra sempre comigo, não é tudo o que a gente quer? Ser eterno em alguém? Você conseguiu isso! Hoje em dia eu sou uma ótima motorista, sei me defender sozinha, não me atraso mais pra compromissos e mantenho os serviços mecânicos de casa em dia... você me lembra de fazer isso. Quem sabe um dia você volte a fazer isso pessoalmente, o mundo da muitas voltas e trouxe você pra mim de forma sinuosa, porque não poderia trazer de volta de mesma forma? Em todo caso, obrigada pelas dicas, obrigada por se importar e muito obrigada mesmo por ter me dado uma parte de você pra mim.
Porque no fim tudo que te resta é um peito cheio de palavras e ninguém pra ouvi-las. Umas porque você não pode contar, outras porque não querem ouvir...Mas a verdade é que ninguém vai poder tirar esse aperto do seu peito. Você quer que pessoas te digam o que fazer, que descubram o que você sente, mas nem você sabe... Você tem medo de descubrir. È eu não sei como, mas você conseguiu ser ao mesmo tempo tudo que eu sempre quis e tudo que sempre não quis. Eu sou capaz de listar pra você nos dedos da mão tudo que me incomoda em você, todos os motivos politicamente corretos, ou melhor, politicamente incorretos que nós nunca daríamos certos. Porque você é tãao errado, mas tãao errado e eu fui criada pra ser tão certinha sempre... O problema é que perto de você eu esqueço disso. Esqueço que somos polos opostos, esqueço que existem 1001 pontos que não concordamos. Com você eu simplesmente sou, não tenho, nem fui, nem serei. Sou. E talvez seja isso mesmo. Talvez seu tãaao, tãaaao errado balancie com o meu tãaao tãao correto e a gente fique em equilíbrio. Talvez seja por isso que você me acalme, porque você me neutraliza.
O trovão lá fora me dá medo. E aí eu penso que eu queria você aqui pra eu abraçar e ouvir você rir me dizendo que eu era uma boba. Era assim que você me chamava e eu nunca me importei. Eu era a boba mais feliz do mundo perdida em seu abraço. Com você eu era eu mesma, eu podia falar, vamos no balanço? E você ria e ia comigo, e ficava me olhando como querendo decifrar como aquela garota madura e cheia de responsabilidades se tornava uma criança de olhar divertido em tão pouco tempo. Você era meu oposto, ate hoje eu não consigo entender como pode uma pessoa ser tudo que eu sempre quis e tudo que eu nunca quis ao mesmo tempo. Mas talvez sua calma e irreverência frente a vida, seja o equilíbrio ao meu estresse e preocupação exagerada com tudo. Mas eu nunca vou saber.... já passou e eu nem decidi o que eu queria... Eu demorei tanto a decidir que a vida decidiu por mim, confesso que vou mentir pra mesma, vou pensar que foi melhor assim e que nunca daria certo mesmo, quem sabe um dia eu acredite..
Não questiono mais nada, não exijo mais reciprocidade, não brigo mais. Não me junto mais com pessoas que não querem exclusivamente meu bem, mas também não desejo o mal, a vida vai trazer o que elas merecem e eu não vou me preocupar em olhar pra trás, porque quem me ver passar e não quiser me acompanhar, eu agradeço por ficar pra trás.
Não era ciúmes, era só saudade. Não era ciúmes, era só vontade de não ver nada disso. Vontade de não saber que você a abraça como me abraçava ou a chama do mesmo jeito que me chamava. Não era ciúmes, eu só não queria que alguém pudesse te ter da mesma forma que eu. Eu sei que eu te mandei embora, mas eu sempre fui a menininha que não sabia o que quer. Eu demorava horas pra escolher o sabor do sorvete, lembra? E você só jogava a cabeça pra trás e ria... Risada que hoje você deve dar com ela, com as piadas que ela conta, porque eu, como sempre, demorei tanto a escolher e escolhi errado. E o mais engraçado é que só me dei conta disso quando eu vi outra pessoa na sua vida. Foi só ai que eu vi que eu estava onde eu sempre quis estar, e que agora está ela no meu lugar e eu que tanto buscava algo que não sabia o que era, continuo mais perdida ainda. Porque agora não tem mais você pra me dizer pra não me atrasar pros compromissos, nem pra não me esquecer de passar no mercado ou desejar um bom dia. Ela deve receber essas sms agora... é no nome dela na lista de contatos que deve ter um coração agora, enquanto o meu você deve ter apagado... Veja bem, não é ciúmes, é falta, saudade, raiva, medo, tristeza, nostalgia e...ciúmes.
E eu fui moldando cada partezinha de mim que foi morrendo no caminho, eu vi sumir casacterísticas que faziam parte de quem eu era porque quem eu era não tinha lugar no mundo...Eu sou cinza, não é? Mas te digo que eu já fui colorida e irradiava luz, mas minha luz incomodou mta gente, e fizeram questão de ir apagando aos poucos, até que fizeram que eu me tornasse o que eu sou hoje. Alguém que já não sabe quem é, e continua nao tendo lugar no mundo.
E no meio de toda a tristeza, eu fiquei mais triste ainda, porque eu senti falta do seu: “ eu te avisei”. Falta de todas as vezes que você dizia que eu era uma idiota por passar sempre pelas mesmas coisas, mas pelo menos eu era a sua idiota, certo? Você me dava uma bronca, mas me acolhia depois no abraço mais gostoso que eu já experimentei, nos braços que eu menos tive vontade de sair. E agora eu sou a idiota sozinha, a idiota que não pertence a ninguém e que debilmente olha pros lados esperando você aparecer. Porque agora sou so eu, eu e minha capacidade gigantesca de arrumar sempre os mesmos problemas e não conseguir sair deles. Enquanto agora, a única notícia que eu tenho de você é o seu status disponível nos meus favoritos. Disponível talvez para o resto do mundo, menos pra mim. Então pra que né? Excluo você dali... é melhor pra minha sanidade mental, é melhor pra mim parar de achar que você vai aparecer pra perguntar como foi meu dia de novo. Não vai acontecer. Não de novo.
E eu cansei de falar a quem não quer ouvir. Cansei de passar como tempestade e você não notar nem uma leve brisa. Não sou tão difícil de ler assim, meu silêncio me entrega mais do que qualquer palavra que eu possa dizer, mas você não quer ouvir. Não vou criar mais a ilusão de que você se importa, como você pode não notar a palavra que ficou engasgada ou a lágrima que caiu solitária? Logo comigo... eu que me importei tanto, eu que me esforcei tanto pra colocar sorrisos no seu rosto e você nem percebe que esses sorrisos sumiram do meu faz tempo... Ai eu exagero, eu forço pra fora de mim aquela garota histérica e exagerada, pra me impedir de desmoronar e você não percebe. Mas quando eu me tornar alguém que eu nunca quis ser, quando você não reconhecer mais meu olhar distante, ai tarde demais, você vai perceber.
Ai eu engulo de novo, tudo que tantas vezes eu quis falar, mas meu bom senso me impediu... A maior parte da minha frustração vem de mim... Aquela sensação de olhar pra dentro e pensar: que tipo de pessoa eu sou? Ou pior: o que eu ganho sendo a pessoa que eu sou. E é decepcionante quando a resposta é: NADA. Ou apenas um diploma de idiota pra postar na parede. Você é legal com todo mundo, releva os erros de todo mundo, vê o melhor de todo mundo, ajuda todo mundo, ouve todo mundo, entende todo mundo. È, mas e em troca hein? Quem reconhece isso? Quem te trata bem em troca? Você espera que isso volte pra você? Mas volte quando?
Demorei pra aprender que reciprocidade a gente não pede. Não implora, não lembra. Se ela não existe é sinal de que você está gastando seu tempo, energia e vida com o que não te acrescenta. È assim, sei que dói e na maioria das vezes quem você queria que se importasse simplesmente não se importa. Mas atenção a gente não implora. Se somos capazes de darmos a importância certa a quem consideramos, porque não podem fazer isso com a gente. Não se acostume com o pouco, não. Você se acostuma e depois de muito tempo percebe o quanto foi perdido, mas o pior é perceber o quanto deixou de ter.
Coloquei a música que ouvia antigamente e tentei de todas as formas me sentir da mesma maneira quando as escutava. Mas eu não era mais aquela garota. Não me sentia da mesma maneira, não tinha mais a mesma fé cega na vida e já tinha passado por coisa demais. Ou de menos, se preferir. As letras não tinham mais o mesmo significado e sinceramente não me lembravam coisa alguma. Quando foi que eu mudei tanto e nem percebi?? Porque alguns medos e traumas me seguiram? O fato, a verdade é que vai ter uma época na sua vida, e ninguém vai te dizer absolumente nada sobre ela, que você vai sentir sua vida escapando pelas suas mãos. Você verá tudo que dizia ser pra sempre mudando, acabando. Você vai ver pessoas que você jurou estar perto indo embora e você não fazendo nada para detê-las, porque no fundo você sabe que aquela parte, não cabe mais na sua vida. E você começa a olhar pras pessoas que estão na sua vida agora e ver que elas são completamente diferente de tudo que você já viu, mas você também já não é a mesma. Ai você pensa que talvez seja hora de andar pra frente, parar de virar e olhar pra trás, afinal quem é pra ficar mesmo não está mais no passado e sim ao seu lado.

sábado, 15 de setembro de 2012

Eu preferia não ter visto. Não precisava mesmo ter meu coração palpitando desse jeito, não de novo. Era você naquela foto beijando aquela garota linda de cabelos esvoaçantes ao vento. Você pertencia a ela e isso ficava claro na foto, pra todos verem. Você estava feliz e isso sim acabou comigo. Não o fato de você estar feliz, mas o fato dela ser o motivo da sua felicidade. Enquanto você estava com aquela outra, eu sentia que você não fazia questão de estar ali. Mas agora não, parecia que você não queria estar em nenhum outro lugar do mundo, com nenhuma outra pessoa. E eu senti inveja dela. Porque nem eu nem a outra conseguimos isso de você, nunca conseguimos que você fosse completamente nosso, que você nos entregasse seu coração, mas agora a foto mostra claramente que ele já está totalmente nas mãos dela. Eu só espero que ela cuide dele como eu cuidaria, que ela aproveite muito tudo o que eu lutei tanto pra conseguir e nunca obtive sucesso.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Na verdade eu não esperava que você se importasse. E pra ser sincera, isso é uma mentira. Eu esperava sim. Eu esperava que você reconhecesse o grito de socorro nas minhas palavras não ditas e no meu silêncio tão incomum. Eu queria que você visse sem eu precisar falar. Eu queria que você se importasse. Que se preocupasse ou pelo menos parasse um pouquinho as quinhentas atividades do seu dia pra ter pena da pobrezinha que está perdida na vida de novo. Porque eu sempre fui isso pra você, a dramática com crises existenciais regulares, mas mal sabe você que eu só queria atenção. De preferência, a sua atenção, que nunca foi completamente minha. Não precisava saber que você e o resto do mundo pouco se importam. Você podia ter me enganado, eu não me importaria não... Poderia ter perguntando o que tinha acontecido e enquanto eu fazia uma lista completa e minuciosa de todo o que eu estava sentindo, você poderia fazer expressões de entendimento nas horas certas, mesmo sabendo que sua alma não estava ali, como eu reparei tantas vezes... Doeria menos, comparar você ao resto do mundo sempre me magoa. Porque você sempre esteve tão acima de todos eles, mas talvez... não seja assim...
Parei pra pensar e percebi que eu só escrevo textos tristes. Mas histórias felizes a gente não precisa escrever. A gente só precisa sentir. E nem mesmos as palavras seriam capazes de descrever. O que precisamos escrever são as dores, as decepções e desilusões, quando os únicos consolos que temos são as palavras. O que precisamos escrever é o vazio no peito, o nó na garganta, o sonho que acabou, o mundo que desmorou, o choro que rola por dentro, o choro explícito, a lágrima que cai, a que ficou presa, o desespero, o grito contido, a raiva engolida, o aperto no peito, a saudade que ficou, a traição, a mágoa, a culpa, o arrependimento... Tudo a gente escreve, e escrevemos no fundo com o desejo de parar de sentir.
E ela saia para fugir do vazio. Ela se arrumava, colocava o cabelo pra um lado, se maquiava e ao olhar no espelho via quem ela queria ser e não era. Esperava que a pessoa no espelho fosse capaz de fazê-la esquecer por uma noite daquilo que ela sentia falta todos os dias. E foi no meio de todos, no meio da noite, no meio de tudo que ela percebeu que o vazio continuava lá, ela sentiu pela primeira vez o que era estar sozinha mesmo estando rodeada de pessoas. E olhou pra cima e não viu sentido em mais nada, não entendeu porque estava mais ali, não sabia como se mantivera entorpecida por tanto tempo. De repente tudo soava demais, tudo soava falso, tudo fazia parte de um ambiente que ela não fazia parte. Ela era a única que se sentia um peixe fora dágua não importa o lugar que fosse. Pelo simples motivo dela pertencer a tudo, mas não fazer parte de lugar algum. Ela não era suficiente, ela não se sentia assim... Era como se sempre estivesse esperando mais daquilo que era oferecia. Ela não tinha o sorriso mais bonito, Não sabia dançar perfeitamente e nem tinha um rosto que poderia ser capa de revista, mas ela tinha um coração que sinceramente já estava desacreditado de tudo. Ela não tinha mais esperança, ela não tinha respostas, ela simplesmente entendeu que não se pode fugir do que levamos por dentro.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Sentei no chão, cruzei minhas pernas e com o resto mais sereno do mundo eu comecei. Pedaço por pedaço ia estralhaçando o papel como se pudesse cortar você em pedaços, com um prazer oculto de finalmente estar cortando você da minha vida. Enquanto os pequenos pedaços iam se acumulando no chão, ia relembrando momentos e muitas das palavras que você me disse que na verdade não passaram de mais uma decepção. Momentos que você fez questão de estragar. Agora você não é mais nada. Você vai ser só papel reciclado. Tomara que alguém o utilize para algo útil, pra pelo menos, uma vez na vida, você poder dizer que disse verdades.
Queria muito te ligar, meus dedos discavam seu número no celular sem ordens minhas. Eu sentia sua falta, não, na verdade eu não sentia sua falta, eu sentia falta da atenção que você me dava, do carinho que eu recebia. Das mensagens de bom dia, se cuida e sonha comigo. Deus sabe que ainda que tocássemos algumas músicas juntos, não estávamos na mesma sintonia. Ficava evidente pros dois e fingíamos que era algo que resolveríamos depois, com o tempo. Tempo que eu sabia que nunca teríamos. Não é justo com você, não é justo comigo, por que logo depois que você voltar eu vou voltar a perceber o que eu não gostava em você e o que me fez desistir, eu vou começar a implicar com seu jeito de rir de tudo, de querer me avisar de tudo que faz e ficar insatisfeita por tudo e qualquer coisa, vou começar a procurar defeitos em você, como por exemplo o acento que você sempre esquece nas palavras ou a sua mania de falar aquela gíria que eu odeio... Por fim, guardo o telefone e desisto de ligar pra você porque eu sei que você me atenderia.

sábado, 11 de agosto de 2012

E o meu erro foi achar que você não sabia demonstrar seus sentimentos, mas você não sentia nada mesmo. O olhar desprovido de significado não era timidez, trauma ou bloqueio algum, era porque o olhar que eu queria ver pertencia a outra pessoa. Percebi isso e fui deixando de lado aos poucos, a ideia romântica e idealizada de tudo. Não sou eu que você sonha toda noite né? Você bem queria que fosse eu, mas seu coração pertence a outra pessoa que não cuida tão bem dele como eu cuidaria e vc sabe disso, mas...o que vc pode fazer? O que eu posso fazer? Eu que sempre fui a que não chamava atenção por motivo especifico algum! Eu não sou aquela que vai te fazer esquecer ela e so pensar em mim. Desculpa, mas não sou capaz disso.

domingo, 5 de agosto de 2012

Você me ignorou de novo. Você já tinha feito isso, não é novidade e pra ser sincera não me magoou de novo. Eu só quis tentar mais uma última vez. Queria pela última vez tentar correr atrás dos meus sonhos e isso vai de ter um animal de estimação até você. Mas eu entendi que não é pra ser. Eu do fundo do coração lamento, porque acho que poderíamos dar certo, mas não vamos nem tentar. Tudo bem, aceito isso. Sem reclamar, sem bater o pé no chão, sem fazer pirraça. Tomo coragem, ou vergonha na cara se preferir chamar asssim, e procuro você na minha rede de amigos, enquanto isso vejo uma sequencia de rostos e me pergunto quantos deles eu verei novamente, quantos deles estão ali só por figuração, quantos deles fazem diferença na minha vida... Vejo sua foto com o mesmo sorriso de sempre mas nada disso importa mais, te excluo. Esse era o último laço que ainda nos mantia ligados, agora ele não existe mais. Demorou, mas aprendi, não tenho tempo pra ter um bicho de estimação e não importa o que aconteça, nós nunca teremos nada.

terça-feira, 31 de julho de 2012

E em meio a tudo eu ri e baixei o olhar. Não queria que você descobrisse mais nada do que já descobriu. Tenho medo de você me surpreender mais uma vez ao perceber o que esteve sempre no mesmo lugar e ninguém nunca percebeu. Você já sabe que eu mordo os lábios quando to nervosa, que cruzo os braços quando sou contrariada e que levanto a sobrancelha quando estou sendo irônica, tudo bem. Mas o que eu não posso deixar você fazer de jeito nenhum é desmascarar essa minha postura de mulher moderna e independente. Não, não posso deixar você enxergar que por trás de todo desapego ao romantismo existe alguém que nunca teve ninguém que a provasse que valia a pena se arriscar desse jeito. Não posso deixar você perceber que o único motivo deu ser assim é ter pedido a fé. Fé nos outros e fé em mim mesma. Mas com certeza, eu nunca deixarei ninguém perceber o quanto eu olho aqueles casais nas ruas se comportando como melhores amigos, ainda que por fora eu fale que não entendo como pessoas possam agir de maneira tão boba assim. Realmente eu não sei, mas sabe de uma coisa? Eu queria saber. Eu tenho o desejo oculto de ser cuidada, amada e parecer uma boba. Mas o que adiantaria? Em nada não é mesmo? Então eu me conformo. Desejos ocultos tem motivo para serem ocultos. E te faço acreditar que eu não ligo pra nada disso, faço todo mundo acreditar nisso. Até que você também se vai, porque assim como os outros você não viu nada suficiente pra ficar e ai você encontra alguém que finalmente seja o que você procura. Até que você vira um casal daqueles que eu observo...

domingo, 29 de julho de 2012

Meus olhos perdem o foco, meu olhar segue pro horizonte e um sorriso tímido se espalha pelo meu rosto, estou pensando em você. Você que em duas semanas me deu muito mais lembranças boas do que os últimos dois anos que eu vivi. Sinto que talvez, cedo demais, o encanto está se quebrando e que está chegando a hora de declarar o fim, mas as lembranças ficarão comigo. Olhar uma loja e lembrar das piadas bobas com o trocadilho do nome da loja. Olhar um lugar na rua e lembrar que ali você me fez cosquinha até eu perder o fôlego e me beijou depois. E o maldito gosto de menta? Não consigo sentir gosto de menta, sem lembrar do seu beijo, que tem gosto de menta, gosto de quero mais, gosto de esquece a vida lá fora. Não consigo mais ouvir as músicas que te mandei, sem lembrar que você também pensa em mim quando as ouve. Eu era tão feliz te beijando na escada rolante do shopping até a gente quase cair no final dela. Era feliz quando te beijava no fim do dia. Não ouvia sinos nem fogos de artifício e não sentia o mundo parar, ao contrário, o mundo continuava girando, mas de alguma maneira girava do seu certo. Gostava do seu beijo na testa depois de um beijo. Gostava de saber que a primeira coisa que você fazia quando me via era me abraçar. Gostava de me sentir segura nesse abraço. Gostava de ter abrigo, mas também de ter alguém que me provocava. Adorava suas SMS, de Bom Dia, se cuida e sonha comigo. Deus, como eu gostei de ver aquele filme com você no cinema. Poucas coisas na minha vida me fizeram sentir tão...humana. Humana, não aquela que finge ser de ferro pra enfrentar o dia, não aquela que coloca um sorriso no rosto, mas esquece de perceber o que está sentindo. Era só eu rindo porque estava com vontade, rindo porque você ria das minhas piadas nerds ou ria de mim, pra mim não fazia a menor diferença. Ria porque via o seu riso refletido no meu depois de me beijar. Você claramente era o garoto certo, mas também era o completamente errado. Você me perguntou se eu fumava e eu disse que meu livro preferido era o morro dos Ventos Uivantes. Você perguntou se eu gostava de pierciengs e tatuagens e eu falei que era a primeira aluna da faculdade. Você me convidou pra uma rave e eu pra ver um filme de super heróis... Mas ai você me disse que estava me devendo um sorvete e falou que um dia cozinharia pra mim, ai você me acordava com um bom dia e eu passei a entrar no facebook diversas vezes pelo celular só pra contar o meu dia pra você, e ai eu passei a ficar ansiosa pelas noites pra eu falar com você, e ai eu passei a atrasar a hora que eu ia dormir e lamentar a hora de me despedir de você, e ai você falou que meu cabelo era bonito e que tinha gostado muito de mim... Desde o começo estávamos fadados ao fracasso, e fracassamos talvez, mas fizemos valer a pena antes.
Declaro que estou mais parecendo com um cofre do que com um ser humano. Vivo de sentimentos e emoções fechadas... Guardo segredos e confissões separados em diferentes espaços, sempre evitando que segredos de pessoas se esbarrem, que confissões sejam despejadas em outras pessoas , sempre evitando a frustração, a raiva e a decepção alheia. Sou feita para permanecer fechada e sem sentimentos, só sou útil assim. O que se passa comigo, os segredos que eu sou obrigada a esconder, os traumas que eu passei ficam escondidos aqui também... nada importa desde que eu mantenha minha função de manter a ordem. Se eu me abrir, o caos toma conta, é simples assim. Pessoas vão umas contra as outras e no final de contas se viram contra mim. Afinal, quem foi que não fez o trabalho direito? Isso ai, cofres são feitos para permanecerem fechados, cofres são feitos para não ser relevado seu conteúdo, cofres são meros objetos, cofres não sentem ou não ficam confusos, tristes ou com raiva... mas espera... cofres choram?
E ai eu peguei toda a coragem que ainda me restava e empurrei você pra fora. Eu te tranquei do lado de fora de uma vez por todas. Onde suas palavras não pudessem mais me levar a insanidade, onde suas acusações não chegassem. Eu ainda tampei meus ouvidos pra que nenhuma verdade distorcida por você me atingisse. Eu não posso mais viver a mercê das suas constantes e variadas opiniões sobre mim. Eu me orgulhava justamente de poder dizer que pelo menos você gostava de mim como eu realmente sou. E agora eu descubro que você foi, como todo mundo, uma daquelas que pegou as partezinhas convenientes pra você e ignorou o resto. Você já ocupou um pedaço gigante da minha vida, do meu amor, do meu cuidado, sem nem merecer. Ta na hora de diminuir seu espaço porque eu cansei de classificar pessoas como exceção e no final elas se comportarem pior do que as outras. Se minha vida pra você é um parque de diversão, a diversão acabou aqui e agora!
E você entende todo mundo, e releva tudo e leva tudo na esportiva. E cadê as pessoas que deveriam fazer o mesmo por você? Estão te pisando, te machucando, te desrespeitando, te mantendo no chão só pra poderem ter o momento de topo delas. Pessoas que só estão no topo quando pisam nas outras. De um lado toda essa maldade e de outro você com sua malevolência e compreensão. E antes de 5 segundos você está no chão, porque você não pode jogar tão sujo, você não consegue jogar tão sujo. Mas que se dane.
Eu não sou legal. Não precisa fingir e dizer que eu sou e que estou enganada porque eu sei que não sou. È o que todo mundo acha, e se você não acha isso ainda é porque não me conheceu o bastante. Não sei em que ponto eu falho: se eu sorrio demais ou de menos, se sou muita tímida ou muito extrovertida, se me importo demais, se sou sensível demais, ou se sou fria, ou se simplesmente eu sou sem sal assim mesmo. Daquelas que não tem nenhum rosto pra se estampar em alguma revista, ou um vocabulário capaz de impressionar alguém na primeira conversa. Eu vou te dar um “oi” e um sorrisinho torto. Entenda como quiser... é minha forma de comunicação universal... Não sei me expressar melhor que isso... Deve ser por isso que eu passo praticamente despercebida pelos olhos masculinos... Tem gente pior que eu por ai e elas não tem esse problema... pois é, elas tem pelo menos algo que chamou a atenção, ou um corpo de modelo de biquíni ou uma postura intelectual e correta ou uma personalidade forte e totalmente diferente. Não importa que elas não sejam pessoas legais, elas não são legais com um item de destaque. Agora alguém que não é legal sem diferencial algum... Não... Na verdade ninguém, nem eu mesma decidiu que tipo de pessoa eu sou... Uma mistura de todas essas e talvez seja esse o porque da dificuldade de me definir. Eu pequei pelo excesso, eu quis o tudo e o nada ao mesmo tempo e a vida não trabalha com o tudo... então me restou o nada. Minhas piadas são agressivas, meu sarcasmo ácido e a ironia domina a minha vida. Também sei amar e dar carinho, mas essas qualidades ficam escondidas e minha linha de ataque já mostra quem eu sou, não deixa mais ninguém chegar perto. E quem chega... também não fica muito satisfeito, talvez eu não saiba... isso seria mais um motivo pra eu continuar dizendo: eu não sou legal... Há quem dirá: Abaixe a defesa da linha de ataque... ai é que eu falo: Não é defesa, é parte de quem eu sou. Por mais escrota que isso seja, sou eu. Eu parei de criar barreiras de defesa depois que descobri que quem machuca mesmo é quem já está aqui dentro. Aqui que eu morro de dentro pra fora... De dentro eu me sinto nada, quando eu já sou nada por fora. É como observar alguém na rua e pensar: ela é mais legal do que eu, porque ela é especial pra alguém. E eu e toda minha oponente pessoa pensa: o que é afinal: é o cabelo liso? O corpo de academia? A maquiagem no rosto ou ela é simplesmente alguém que eu nunca vou ser em personalidade. Talvez estejam certos eu não sou nada demais. Quer dizer, isso eu já sabia... eu quis dizer que talvez eu seja mesmo essa pessoa horrível. Tem que haver um motivo que eu não saiba pra tudo ser assim. Ou então eu simplesmente não sou legal e não sou feita pra ser especial pra NINGUEM. Isso me deixaria triste e me faria tomar atitudes ruins, mas eu já não sou legal mesmo... e a gente fica nesse ciclo...
Chega uma hora na vida que você começa a perceber que o que realmente importa é ter alguém que se importe com você. Mas se importe de verdade: que queira saber se você chegou bem em casa, que queira sempre ver um sorriso no seu rosto e que quando você não tenha um, se empenhe ao máximo pra conseguir. Alguém que odeie te magoar e que evite o máximo fazer isso. Alguém que se alegre com você por todas as vitórias mas também seja um abraço confortável nas derrotas. Alguém que ligue pra dar bom dia e boa noite e que queira realmente saber como foi o seu dia. Não importa o que ou quem você tenha na sua vida, se isso não estiver presente você vai se sentir incompleta. Um ótimo trabalho não vai te abraçar a noite e te esquentar. O dinheiro pode comprar vestidos lindos, mas não vai criar momentos para torná-los inesquecíveis, nem vai fazê-los ter um perfume especial. Dinheiro não traz felicidade, talvez esse seja o clichê mais antigo da terra, mas acima de não trazer felicidade, dinheiro não produz lembranças.

sábado, 28 de julho de 2012

Queria que você me ouvisse ao menos uma vez.Queria que você entendesse o significado do "não está dando certo".Mas você parece que me ouvir é o último quesito na sua lista de prioridades.Eu já tentei d tantas maneiras colocar pra fora o que eu sinto pra você entender, mas parece que você está ocupado demais preocupado com você mesmo.Você ao menos uma vez na vida já tentou pensar em outra pessoa? Acho que não, acho que seu círculo de interesse está limitado ao seu campo de visão. Tudo bem, não procure entender, não se preocupe com quem você disse querer dividir a vida, eu só preciso que você entenda essa palavra "acabou".
Você tinha todo o tempo todo do mundo, mas você não queria falar comigo. E eu passei muito tempo da minha vida, mais tempo do que eu gostaria, me perguntando o que eu tinha feito de errado. E depois de muito tempo eu percebi que não fui eu que falhei. Falharam comigo.

sábado, 26 de maio de 2012

Tá Frio... Queria que você estivesse aqui. E ai eu lembrei que esse é exatamente o motivo por você não estar. Eu tenho essa mania de só me importar com as pessoas quando eu preciso delas e isso não foi suficiente pra você. Você queria uma namorada que te mimasse e eu sempre fui a egocêntrica da história... Sempre fui a que gostava de te exibir pelos lugares ao meu lado, você cansou de ser meu troféu particular e só ser retirado da estante quando me convinha. Você me queria de verdade, enquanto eu estava preocupada com minhas outras quinhentas prioridades acima de você. Você cansou e eu não posso te culpar por isso. Desculpa. Sempre fui a mimada e você sabia exatamente que eu não sabia reconhecer que estava errada. Ironicamente, agora eu sei que estava, mas você já não está aqui pra me ver reconhecendo isso. Pena eu não ter amadurecido enquanto tinha você, pena não ter tido motivos pra fazer você ficar, porque agora também não tenho nenhum pra fazer você voltar.
A tentação de clicar e falar com você é absurda. Sua foto exerce um efeito gravitacional sobre mim. Eu não consigo resistir, aliás, quando eu fui capaz de fazer isso? Duvido que os planetas tenham a opção de escolher ficar girando ao redor do sol. Você é o sol e eu o planeta no escuro, que já deixou de receber o calor do sol, mas que não consegue lutar contra a órbita solar. Eu vou acumulando decepções a cada vez que você me ignora, vou engolindo meu orgulho pra implorar atenção. E eu tenho a plena consciência de que eu não preciso disso, mas de certa forma eu preciso. Eu preciso saber que fiz tudo que era possível para ter você o mais perto possível de mim. E fico eu aqui, torcendo pra você estar tão entediado a ponto de falar comigo. Porque até ser sua última opção é melhor do que ser opção nenhuma e isso só me faz assinar embaixo o papel de ridículo que eu sou capaz de fazer. Conscientemente aceito minha culpa mas humildemente não posso fazer nada a respeito...

domingo, 22 de janeiro de 2012

Eu já fui uma garota meiga e inocente... Confesso que por pouco tempo, minha personalidade sempre me impulsionou aos limites. Nunca quis ser uma boa menina, ao contrário, não via graça alguma na perfeição. Você me conheceu assim e por um motivo que foge ao meu conhecimento você gostou. Você me queria sempre por perto. E eu fui deixando você gostar muito mais de mim do que eu de você. Não foi justo, eu sei. Mas eu não podia fazer mais por nós na época... Você se esforçava pra me proteger enquanto eu queria mais é me jogar no mundo sem olhar pra trás... Eu testava você, eu te enlouquecia e te acusava de não me deixar em paz. E de tanto eu tentar, você tirou sua proteção, você lavou as mãos da garota inconsciente que se preocupava mais em aprontar do que se importar com quem amava e cuidava dela. Eu me joguei no mundo sim e caí de cara no chão na primeira oportunidade. E você não estava mais lá, por culpa minha e só minha. O fato era que eu não estava pronta pra nada daquilo. No fundo, eu não sabia nem o que eu queria. Eu queria desafiar, contrariar e chamar atenção. Por ironia eu afastei quem mais me dava atenção. Aprendi a viver com a cara e o coração partidos e isso me endureceu. Me tornei uma pessoa que eu não tenho certeza sobre o que você acharia dela... Por isso que eu nem te peço pra voltar, não acho justo ter que fazer você lidar com quem eu me tornei se um dia você lutou tanto pra que eu não fizesse isso. Você amava a garota rebelde, mas cheia de sonhos, e dentro de mim eu quero que você continue amando-a. Talvez assim eu sinta como se ela não tivesse morrido dentro de mim... Nem todo mundo sabe o que fazer com a liberdade, como eu não soube. Eu lutei tanto pra buscar a liberdade pra descobrir e levar pro resto da vida que a liberdade pode se encontrar num abraço, sentindo braços apertados ao seu redor...