domingo, 28 de março de 2010

( Enviado pro concurso de FIC das Meg Cabot da Capricho)



- Ela é minha! Sempre foi e sempre será! Eu a quero.
- Você nunca aprendeu que querer não é poder?
O vento batia furiosamente contra minha janela e sombras estavam em volta de toda minha casa. Eu não podia ter certeza, mas algo me dizia que tudo aquilo era obra do ser do outro lado do espelho...
Tudo começou há uma semana quando eu comecei a sentir sombras me perseguindo, mas eu não era muito crente no “Supernatural”. Até que eu comecei a ver deslumbres de uma pessoa no meu espelho, e um dia esse vislumbre ficou. Algo que me assustava intensamente. Mas me assustava principalmente por eu encontrar algo familiar no olhar do meu hóspede não convidado.
Tentei de todas as maneiras quebrar o espelho e tentar fazer o monstro sumir. Nada deu certo e meu desespero seguiu aumentando cada vez mais... Até que meu namorado percebeu que algo estava errado comigo e eu lhe contei a verdade... e agora estava ele e a criatura em um debate que cada vez eu entendia menos.
- Você ainda é uma criança. Não se meta no assunto de adultos. Saia do caminho ou vai se arrepender!
- Está enganado duas vezes. Primeiro: Eu não sou uma criança e segundo: eu não vou sair do seu caminho, não quando a minha namorada está incluída nisso.
- Não, garoto. Você está errado! Sua geração está acostumada a fingir o amor. Nunca a senti- lo plenamente
- Como você pode ter certeza disso?
- Eu vou provar então. Vou te mostrar: Em meados do século XVII eu casei com uma moça muito bonita no interior da Inglaterra. Tinha um ciúmes imenso dela e a tratava com todo carinho. Um dia sem mais nem menos. Ela fugiu com outro, me deixou sozinho e desesperado sentindo você deve ter percebido. Sua namoradinha é minha mulher, eu só vim pegar o que é meu.
- Eu já disse que ela não é sua. Ela não é sua agora, nem na época que era casada com você. Se você realmente soubesse o que era amor, deveria saber que não se impõe amor às pessoas.
Vendo Fernando me defender assim me deixou surpresa. Eu duvidava de um amor tão forte assim e lá estava ele me defendendo como podia como nunca tivera feito antes.
Nesse momento duas coisas aconteceram tão rápido que não pude entender direito: As sombras avançaram pra dentro do meu quarto e eu ouvi um barulho de vidro se quebrando:
- Carolina, se abaixe!
Tudo tinha acabado. As sombras tinham sumido. O espelho estava em mil cacos no chão. O vento parou e eu tinha uma pergunta:
- Mas como você...?
- Você não percebeu? Ele achou que tinha direito sobre você. Só alguém que te amasse de verdade poderia conseguir quebrar o feitiço...
- Então você.... me ama?
- Sinceramente.... amo!

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